Entrevista com o CEO do WTC e idealizador do Conexão Berrini, Luciano Menezes

O Conexão Berrini apresenta abaixo uma entrevista com Luciano Montenegro Menezes, Board Member, New Business Development e CEO no WTC São Paulo. Além disso, Luciano é um dos fundadores e idealizador deste movimento chamado Conexão Berrini, que reúne empresas do setor privado e entidades públicas para juntos proporem melhorias à região da Berrini, na capital paulista.

Como você definiria a região da Berrini para um estrangeiro que não conhece São Paulo?

É uma região onde você consegue morar, trabalhar e prosperar economicamente. Por ser periférica você consegue ir e vir com mais facilidade. Economicamente falando, alguns dados da Berrini impressionam. São 12 mil Headquarters de empresas nacionais e internacionais, 158 mil pessoas trabalhando e grande parte do PIB brasileiro. Provavelmente é a região mais pujante de São Paulo. Temos algumas outras, como a Faria Lima (que gira muito em função de bancos) e Paulista- com uma concentração grande de escritório de advocacias e escritórios menores. Mas para prosperar economicamente, essa é a melhor região de São Paulo.

Quais outras qualidades da região da Berrini lhe vêem em mente? Por outro lado,o que você acha que falta aqui?

É importante salientar que a Berrini é uma região em transformação. Construíram-se muitos e muitos prédios corporativos nas últimas décadas; e recentemente houve um boom no número de residenciais. Há um grande número de prédios residenciais seguindo a Av. Roberto Marinho e há um grande número de prédios comerciais seguindo a Av. Luis Carlos Berrini e Av. Chucri Zaidan. E no encontro desses 2 eixos temos a Ponte Estaiada. Então podemos fazer essa analogia, dos estais da estaiada justamente ligando o comercial com o residencial.

O que falta para nosso bairro é a visão de que é possível vir e se divertir por aqui no final de semana. Já temos a estrutura para o lazer. O que falta é utilizá-las mais nos finais de semana; o que entendo ser uma questão a ser resolvida com a mudança de hábito. Acesso a ciclovia, restaurantes, bares, shopping centers. Só de shopping center nos entornos temos: Morumbi Shopping, Shopping Market Place, D&D, Shopping CENU, JK Iguatemi, Vila Olímpia, Cidade Jardim….Nenhuma outra região tem uma concentração tão grande de shoppings de qualidade. Além disso temos ciclovias pra fazer esporte, o Parque do Povo é logo aqui do lago, restaurantes e hotéis da maior qualidade.

Você mencionou que essa é uma região que já se transformou muito e ainda está em transformação. Como você a vê em 20 anos?

Eu faria um paralelo com a cidade de Nova York. Ambas são muito densas, contam com todos os serviços que se pode imaginar e ambas são uma ilha (uma no sentido literal e outra no sentido figurado). Então acho que a Berrini deve se inspirar muito no que foi feito em Nova York durante as próximas décadas. Incentivar a locomoção a pé, táxi, transporte público etc. Na verdade não só NYC, como temos que nos inspirar nas principais metrópoles do mundo, incluindo Singapura, Paris, Londres. Acho que em 20 anos não vamos deixar a desejar pra nenhuma delas.

Mudando de assunto um pouco, explica um pouco o que é o Conexão Berrini.

O Conexão Berrini é uma reunião que hoje acontece mensalmente, onde a gente une todos os players que estão aqui presentes: incorporadores, gerenciadores prediais, grandes empresas, iniciativas públicas, polícia militar, polícia civil, CET, hotéis da região. Enfim, marcamos conversas entre todos esses players pra ver como a gente pode melhorar a região, trabalhando em conjunto. Cada uma dessas peças tem a sua área de atuação, mas o objetivo final e comum é tornar a Berrini um lugar cada vez melhor pra se trabalhar e morar.

Como que a Conexão Berrini surgiu?

Logo que eu entrei no WTC eu fui me apresentar aos vizinhos, então eu percebi que os vizinhos não se conheciam. E aí falei, puxa vida, temom aí uma bela de uma oportunidade. A oportunidade de fazer com que todo mundo se conheça. Então a partir desse dia resolvi chamar todos esses principais players e propor que a gente fizesse uma reunião mensal. E propor também que a gente escolhesse desafios e objetivos para atingirmos juntos.  E aí estamos.

Como que você vê a importância do Conexão Berrini para a região? O que já foi feito, o que a gente já gerou de mudança?

Nós contribuímos muito para a implantação das ciclovias na região. Nós trouxemos um terreno da polícia militar pra cá, nós viabilizamos a adoção de diversas praças e a adoção do jardim do próprio corredor da Berrini, limpamos a Ponte Estaiada. Nós criamos um senso de grupo na região, colocamos todo mundo na mesma mesa. Criamos uma integração das câmeras de monitoramento dos prédios da região, o que já obteve resultados importantes. Realizamos duas festas juninas no bairro com o objetivo de integração dos moradores e visitantes, e por aí vai. Então, em pouquíssimo tempo, foram diversas iniciativas concretas, que mostram que o negócio funciona.

Qual é seu maior objetivo para esse grupo?

O objetivo do grupo é ser uma plataforma onde todo mundo consiga trabalhar seus objetivos em conjunto – sejam sociais ou de mercado. Com esse trabalho em conjunto almejamos transformar essa na melhor região, não só de São Paulo, mas da América Latina. Mas o mais importante não é nem isso. O mais importante é entendermos o projeto como um piloto e esse piloto ser multiplicado no mundo inteiro. Ou seja, fizemos aqui, deu certo, como é que a gente multiplica isso para outras regiões de São Paulo, do Brasil e do mundo. Se a gente conseguir isso, teremos um belo desafio cumprido.

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